[Resenha] Treze à Mesa – Agatha Christie

Poirot estava presente quando Jane, envaidecida, falara de seu plano para "livrar-se" do marido, de quem estava separada, mas não oficialmente, como ela desejava. Agora o homem estava morto. Mesmo assim, o grande detetive belga não podia deixar de sentir que alguém estava tentando iludi-lo. Afinal, como se explica que Jane tivesse esfaqueado Lord Edgware na biblioteca exatamente na hora em que era vista jantando com amigos? E qual seria o motivo agora, já que o aristocrata finalmente lhe dera o divórcio?

Romance Policial | Editora Nova Fronteira | 256 páginas | Skoob | Compre: Estante Virtual | Classificação ✩✩✩✩✩

Eaí pessoal! Hoje trago uma resenha sobre Treze à Mesa da ilustríssima Agatha Christie.

Esse foi o primeiro livro dela que li, apesar de muita gente conhece-la e já ter lido todos ou quase todos os livros dela. Comecei por Treze à Mesa, pois eu não sabia direito qual o melhor livro que eu poderia ter começado, na verdade eu nem pesquisei mesmo. Apenas peguei qualquer um dela na estante, pra começar a finalmente entender o por que de muita gente gostar da Agatha e da escrita dela. Minha professora de Português até disse que passou a adolescência dela lendo Agatha. A única coisa que eu sabia sobre os livros dela é que são romances policiais, e acabou que li os dois livros de romance policial da Maratona de Agosto seguidamente. Posso dizer que nunca tinha lido um livro no estilo romance policial, mas eu suspeitava gostar e acabei gostando mesmo. Com certeza vou ler os outros livros da autora.

Bom, indo pra história, o detetive belga Hercule Poirot e seu fiel escudeiro, Capitão Hastings, se envolvem no caso do assassinato de Lord Edgware. A principal suspeita é sua esposa, Jane Wilkinson, uma atriz famosa que por acaso pede para que M. Poirot fosse ao seu marido para convencê-lo do divórcio, pois ela queria casar com um Duque. Se ele não aceitasse, ela poderia simplesmente pegar um táxi e ir matá-lo pessoalmente. Poirot foi e para sua surpresa Lord Edgware disse que já havia mandado uma carta aceitando o divórcio, no entanto esta correspondência nunca havia chegado.

No horário em que Lord Edgware foi morto em sua biblioteca, sua esposa estava em um jantar com várias testemunhas e até os funcionários afirmam que ela estava lá. E com isso Poirot e Hastings buscam todas as informações possíveis para descobrir quem foi que matou Lord Edgware que era odiado por várias pessoas.

Em toda a trama há muitos personagens em que você começa a suspeitar justamente pelo ponto de vista de Poirot. Os funcionários da casa de Lord Edgware, pois demonstram uma postura estranha ; as pessoas que estavam no jantar no início, em que Jane pede ajuda para M. Poirot, principalmente um amigo ator, Bryan Martin ; Carlotta Adams que faz uma imitação ótima de Jane, tanto que até Jane parabeniza Carlotta por isso ; a filha e o sobrinho do Lord que afirmam nunca ter gostado dele ; o detetive do caso, Japp, pra mim era um suspeito também e até mesmo o Duque e sua mãe. Todos os personagens Poirot liga algo que faz parecerem ser o assassino. Até que depois de muitas pistas erradas e muitas pistas em que só Poirot consegue pegar, ele descobre quem realmente matou Lord Edgware.

Eu achei a história muito bem escrita. A mente de Agatha pra criar um personagem como Poirot é simplesmente brilhante. Esse personagem é um dos mais legais em que pude acompanhar tanto no modo de falar quanto a forma dele de ver as coisas. Ele é tão inteligente que toda vez que ele mostrava algo que Hastings não tinha percebido ou explicava tal pista e suas suspeitas, eu ficava fascinada. A certeza que ele tinha de tais coisas fazia com que eu acreditasse nele perfeitamente, mesmo quando ele não dizia completamente eu pensava “Tudo bem ele tem um motivo pra isso, vou esperar a hora que ele explicar, ele deve estar certo”. O que não era o caso de Hastings, pois mesmo quando Poirot provava alguma pista com a ideia dele, ele não acreditava 100%. Isso porque Hastings já acompanhou Poirot em vários casos e o mesmo sempre estava certo.

Hastings é quem narra a história, mas para mim achei meio estranho, era como se não fosse ele narrando. Ele simplesmente não faz muita coisa e por isso era como se fosse uma outra pessoa qualquer narrando, eu achei isso bem sem graça em relação com a personagem. Apesar disso a escrita de Agatha é maravilhosa, eu acabei o livro muito rápido até, mesmo tendo lido sempre a noite e um pouco na escola. Ela dá muitas voltas com a história sempre aparecendo pistas novas deixando nossa mente confusa, até no final Poirot nos contar quem foi que matou o Lord Edgware, mesmo sendo uma resposta óbvia. Até Poirot fica intrigado pelo fato dele não ter percebido antes. É surpreendente até mesmo para ele.

Uma questão interessante é que Poirot sempre falava algumas coisas em francês, isso me irritava às vezes por eu não entender completamente e não queria ir pesquisar o que ele queria dizer, mas é meio que um charme dele e achei legal. E quando eu lia era como se eu estivesse em Londres na década de 30, imaginava as mulheres vestidas com as roupas daquela época. Principalmente a Lady Edgware (Jane) colocando seu chapéu.

Por conta do detetive Poirot ser um personagem muito bem feito e eu adorar ele, a trama ser bem escrita e apesar de tudo nos deixar surpresos no final eu dei 5 estrelas.

Como eu disse, eu com certeza vou ler os outros livros da Agatha e muito mais romances policiais, porque é maravilhoso ter essa sensação de ler e sempre querer mais, e quando você percebe você já acabou o livro. Terminar o livro não é tão legal assim, porque bate aquela bad. Mas o que fazer não é mesmo ?