Eaí pessoal! Faz muito tempo que não posto aqui e não tenho muitos motivos importantes. Parei de postar por preguiça mesmo, mas também por correria de trabalhos, afinal estou no último ano da escola e está acabando escola gente. OMG !! Fora que em Outubro teve o tão esperado Enem que eu fiz, eaí gostaram do tema da redação? Bom, ainda tenho algumas semaninhas de aula na escola, mas pretendo voltar a postar mais agora, só preciso terminar de me organizar e aí sim posso trazer mais coisas pro blog.
Entããão, deixo uma resenha pra vocês de Persépolis. Confiram!
Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa.Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares.Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.
Autobiografia - HQ | Editora Companhia das Letras | 352 páginas | Skoob | Compre: Saraiva ⬪ Livraria Cultura ⬪ Submarino ⬪ Americanas | Classificação ✩✩✩✩✩
Persépolis é sobre a vida de Marjane Satrapi, desde criança
até a fase adulta. Mostra o desenvolvimento dela no entendimento de como é seu
país sobre como ela lida com as regras impostas a ela, questionando tudo que
acontecia na revolução do Irã e assim formando uma personalidade forte.
Logo quando vi a história dessa HQ
fiquei curiosa. Sempre que vemos uma HQ logo pensamos em Super Heróis ou
algo mais voltado para crianças, mas esta HQ na verdade é uma autobiografia, de
uma menina iraniana. Então logo percebemos que tal história é muito mais
complexa para uma HQ, pois acredito que todos saibam do que acontece no Irã e
nos países de mesma região, que eles sempre estão em guerra. Eu sempre vi
passar na televisão atendados que acontecem lá, mas eu nunca parei pra buscar
entender ou pesquisar sobre. Persépolis foi muito interessante pois me mostrou
como é realmente a cultura de lá e a vibe de viver em um país totalmente
diferente do Brasil, já que aqui temos muito mais liberdade para fazer coisas
do que lá.
Quando Marjane era criança, costumava a
conversar com Deus sobre as guerras que estavam acontecendo e ela não conseguia
entender. Ela brincava com seus amigos de revolucionários e gostava de se
vestir de Che Guevara. Desde nova gostava muito de ler e quando percebeu que
precisava entender o que seu país estava passando, começou a ler vários livros
sobre o assunto, se tornando uma formadora de opinião e questionava tudo para
os pais e também outras pessoas, quando sentia que algo não estava certo.
Esta autobiografia de Marjane mostra exatamente que as pessoas podem não gostar das regras impostas a elas, já que eram obrigadas a isso no Irã. Por isso, faziam coisas escondidas que eram taxadas como proibidas pelo governo, como beber, fazer manifestações para com o que estavam insatisfeitos, não podiam até fazer festas com a própria família. Tudo que pudesse divertir o povo era proibido.
Conforme ela crescia, ela começava a entender melhor tudo a sua volta e também a brutalidade de uma guerra, com o medo e a tristeza de perder um ente querido. Ia formando cada vez mais sua personalidade rebelde que era influenciada pelos pais. Por ter esse sentimento rebelde forte, seus pais a mandam embora do país para não criar problemas com a guerra piorando e também para ter alguma oportunidade na vida.
Sozinha em outro país ela aprende a ter mais independência e acaba experimentando muitas novidades em que ela não podia no Irã. Ela aprende a se relacionar com as pessoas, principalmente as de personalidade diferente como ela. Tenta se enturmar mudando de aparência e mudando sua personalidade, mas dá errado e ela acaba voltando a ser como era antes, sem ter vergonha de onde veio. Marjane tentou se relacionar com os homens, mas por sua personalidade não dava muito certo.
Então depois de passar muitos problemas fora de sua terra, ela decide cuidar mais de si e voltar para casa deixando a liberdade que tinha conquistado. Tentou se acostumar de novo às regras de seu país, mas percebeu que o jeito rebelde dela estava mais forte ainda com o impacto que teve com sua experiência em outro país.
A família dela era uma boa família, que a apoiava em tudo e a ajudava. A parte que eu mais gosto e por ser um tanto quanto engraçada, é uma parte em que os pais dela vão viajar de férias e ela pede presentes de coisas ocidentais (americanas), um tênis Nike, uma jaqueta e pôsteres de bandas. O problema eram os pôsteres que obviamente são proibidos e não dava para dobra-los e escondê-los para que a alfandega pegasse. Então a mãe dela tem a ideia de costurar os pôsteres dentro do forro do casaco do pai e fingir que ele usava ombreiras, pois estavam na moda. E assim conseguiram levar os presentes para Marjane.
Apesar de ter um clima pesado em várias partes, a história foi tão bem escrita que mostrando os momentos que Marjane passou em toda sua vida desde criança até a fase adulta, há muitos momentos engraçados. Afinal a vida é assim, tem momentos bons e ruins para qualquer pessoa. A diferença que por ela ser de um país muito envolvido com religião e ter muita guerra por isso, ela teve que se acostumar com as regras de seu país mesmo não gostando, mesmo sendo uma rebelde. Seus pais a influenciaram, pois eles também não gostavam das regras impostas e tinham uma alma rebelde. Mas Marjane Satrapi desenvolveu uma personalidade muito forte que fez com que ela sempre buscasse entender o que estava acontecendo desde criança e também a questionar quando via que era algo errado. Ela não conseguiu se acostumar tanto com isso, por isso decidiu sair do país pela segunda vez. A viagem que teve foi apenas um empurrão para a decisão de sair do Irã, já que ela provou que dava pra ser realmente livre.
Dou 5 estrelas para essa HQ, eu adorei conhecer a história da Marjane, adorei entender mais sobre o islamismo e apesar de HQ ter mais cara infantil esta deve ser lida por jovens e adultos, principalmente os jovens, já que mostra uma fase da vida dela que é se autoconhecer e procurar entender o mundo, e os jovens passam por isso. Super recomendo!!
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