Este foi o primeiro romance de Jane Austen. Publicado em 1811, logo recebeu reconhecimento do público, Razão e Sensibilidade é um livro em que as irmãs Elinor e Marianne representam uma dualidade, de maneira alternada, ao longo da narrativa. As expectativas vividas pelas duas com a perda, o amor e a esperança, nos aponta para um excelente panorama da vida das mulheres de sua época. As irmãs vivem em uma sociedade rígida, e ambas tentam sobreviver a esse mundo cheio de regras e injustiças. Tanto a sensível e a sensata Elinor como a romântica e impetuosa Marianne se veem fadadas a aceitar um destino infeliz por não possuírem fortuna nem influências, obrigadas a viver em um mundo dominado por dinheiro e interesse. As duas personagens passam por um processo intenso de aprendizagem, mesclando a razão com os sentimentos na busca por um final feliz.
Romance - Clássico | Editora Martin Claret | 456 páginas | Skoob | Compre: Saraiva ⬪ Livraria Cultura ⬪ Amazon | Classificação ✩✩✩✩
Meu primeiro livro de Jane Austen não foi Orgulho e Preconceito. Eu sempre ouvi as pessoas falarem da autora a partir de Orgulho e Preconceito, tanto pelo livro quanto pelo filme. Até hoje nem o filme eu vi ainda hahaha. Bem, pensando por esse lado eu não queria ir de cara para esse livro que todo mundo fala da Jane Austen, pensava em comprar os livros por ordem de publicação, mas sempre ia para outros livros mais atuais. Enfim, uma amiga minha resolveu me dar de presente logo o Razão e Sensibilidade, primeiro a ser publicado; finalmente li e vou dizer o que senti no meu primeiro contato com a escrita da autora.
Resumo
Razão e Sensibilidade vai contar a história da vida de duas irmãs a partir da morte do pai delas. O Sr. John Dashwood acaba falecendo deixando toda sua fortuna para o meio irmão das moças, pois ele é filho do primeiro casamento do pai e também pelo fato de ser o filho homem. As duas irmãs Elinor e Marianne Dashwood são obrigadas a sair de sua casa junto com sua mãe Sra. Dashwood e sua irmã mais nova Margaret (a coitada quase nunca aparece no livro). A casa fica para o meio irmão delas junto de sua mulher Fanny, e pelo fato delas não receberem quase nada de dinheiro depois da morte do pai elas tem que arrumar uma casa menor e se contentar com a simplicidade dali por diante.
Um primo da Sra. Dashwood, manda uma carta dizendo que elas podem ficar em um chalé dele que está vago e assim elas se mudam para um local distante de onde elas moravam. Elinor fica triste pois ficaria longe de Edward Ferrars que é o irmão de Fanny, esposa do meio irmão dela, mas não diz nada e por dentro fica com esperanças de que ele vá visitá-la na nova residência. Já Marianne depois de sair pelos arredores da casa junto com sua irmã Margaret, acaba chovendo muito forte e ela decide sair correndo colina abaixo apostando corrida com a irmã. O que acontece? Isso mesmo, ela cai que nem bosta no chão. Ideia genial correr de uma colina no meio de uma chuva torrencial, né miga? Enfim como em todo conto de fadas, aparece o príncipe no cavalo branco para salvar a donzela. Esse príncipe chamado Whillougby (gente sério, que carajos de nome é esse. fiquei meia hora tentando ler isso), o cara é super bonitão, aparentemente rico e as mulheres Dashwood ficaram encantadas com ele. Marianne já foi querendo saber da vida do cara, já tava apaixonada ali mesmo. Whillougby decide ir visitá-la todos os dias para ver se ela estava bem por causa do tornozelo que ela torceu na aventura dela de sair correndo, e eles acabam se encontrando um no outro, pois os dois tinham os mesmos gostos por livros e música. Enquanto isso a Elinor tadinha, sofria por dentro por que o tal Edward não foi visitar ela. E ela achando que ele tava gostando dela, hein.
Minha Opinião
A história vai falar basicamente sobre a relação de Marianne com Whillougby e Elinor com Edward. Além disso a autora vai nos mostrando como era a sociedade britânica em que ela vivia naquela época, como as pessoas ricas se relacionavam, o valor que davam para o quanto de dinheiro você tinha. Por causa da ironia que Jane Austen dá na sua escrita eu simplesmente ria das coisas que aconteciam e o que certos personagens falavam de tão absurdo que era.
Alguns personagens simplesmente me irritaram, a Fanny por exemplo deve ser considerada a pior personagem do livro pelo temperamento dela e também a mocinha que aparece no meio do livro, a Lucy Steele, que vai atrapalhar a vida de Elinor por causa do Edward. Um dos personagens que existe no livro e eu não vi graça é o Coronel Brandon. Ele se apaixona por Marianne, mas ela deixa claramente que não se interessa por ele. Ele aceita isso, mas sempre esta lá por ela. Só que ele é uma pessoa meio travada, não fala muito, não tem os mesmos interesses que Marianne tem e por isso ela o acha sem graça e eu acabei concordando com ela nesse aspecto.
Eu não estou acostumada a ler livros com uma linguagem mais rebuscada, mas não foi tão ruim assim. Só no começo que é meio lento que eu estava demorando um pouco pra pegar o ritmo, mas dali do meio pro final eu consegui ler bem rapidamente pra saber o que acontecia. Sinceramente? O final é totalmente sem graça. Não sei quem a Jane Austen queria agradar, mas foi tão jogado as coisas que pra mim eu já sabia quem iria ficar com quem e o livro foi exatamente uma encheção de linguiça; principalmente pelo fato de dar foco mais pra Marianne e deixar a Elinor um pouco de lado, dando um desfecho pra história da Elinor com o Edward totalmente corrido.
Agora falando do título, Razão e Sensibilidade é claramente Elinor e Marianne. Indica a personalidade das duas, pois Elinor é uma mulher muito racional, ela pensa sempre no que é melhor para os outros (ou para Marianne) e deixa seus sentimentos de lado. Já Marianne ela é a mais sensível, uma romântica impetuosa, que faria de tudo por amor.
O Filme
Como o livro pra mim foi uma história mais ou menos eu decidi assistir o filme logo em seguida pra ver como era. Fiz muito bem porque gente, o filme é simplesmente encantador. Vamos lá, eu não gostei tanto da história. No livro eu achei que as coisas eram muito mais travadas e também a época eu não sou muito fã, principalmente pelos acontecimentos e personagens criados pela Jane. A escrita dela é boa confesso, a ironia dela é sensacional. Mas o filme me passou mais emoção, não sei porque. O filme ganhou um Oscar, bem merecido por sinal, pois a fotografia, vestimentas e os atores ficaram excelentes. O filme é de 1995, não parece tão antigo, mas né gente, estamos quase em 2018 já OMG. Quem nasceu de uns 2005 pra frente deve achar o filme super antigão.
Bom, a Marianne da Kate Winslet ficou exatamente como eu imaginei, principalmente as caras dela de descontentamento com as coisas e estar presente com certos personagens. Já a Elinor da Emma Thompson ficou para mim uma personagem muito mais amável, a Elinor no livro era bem chatinha. Muita gente prefere ela do que a Marianne, diz que a Marianne que é chata, que as coisas tem mais foco nela; mas para mim mesmo que a história foca mais nela, ela tinha umas atitudes que é o que eu teria se fosse eu na situação dela. Porque pra aguentar as injustiças e todo o interesse das pessoas naquela época, sério, como que a Elinor conseguia ser educada e guardar as coisas como se fosse tudo normal. Bato palmas pra Marianne, principalmente quando ela defende a irmã em um determinado momento.
A irmãzinha delas Margaret teve um papel mais importante no filme do que no livro, isso eu achei muito legal da parte do filme, pois a coitada no livro se não existisse não faria diferença.
O Edward feito pelo Hugh Grant ficou praticamente o príncipe que todas querem, porque né gente Hugh Grant é maravilhoso.

E o Coronel Brandon, mais um personagem que eu achei um amorzinho no filme e no livro foi sem graça. Porque quem fez ele foi ninguém mais que nosso querido Snape de Harry Potter, ou melhor Alan Rickman.
Dois personagens que ficaram iguais do livro foram os Palmer, interpretados por Imelda Staunton (nossa eterna detestável Dolores Umbridge ) e Hugh Laurie (o médico louco mais famoso Dr. House). Assim como a Lucy Steele, interpretada pela Imogen Stubbs. Ela tinha uma irmã no livro que no filme foi totalmente descartada, igual a Lady Middleton, que também nem aparece no filme e realmente nem faz diferença viu. A Sra Jennings interpretada pela Elizabeth Spriggs, fez ela ser apenas uma chata apesar de no livro ela ser uma chata amável. Acontece né gente.Dei 3,5 estrelas pro livro, mas ficou com 4 porque no Skoob não tem como dar metade de estrela. Já pro filme eu dei 4 estrelas.
Então assim, eu espero que lendo os outros livros eu goste muito mais de Jane Austen, porque se depender apenas desse livro ela seria só mais uma autora super famosa que eu li, não vi nada demais e a gente segue com a vida. O próximo é Orgulho e Preconceito e a expectativa é grande, espero não me decepcionar.
Título original: Sense and Sensibility
Dirigido por: Ang Lee
Com: Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant, Greg Wise, Alan Rickman;
Gênero: Drama, Romance
Nacionalidade: Inglaterra
Tempo: 2h20min
Ano: 1995
Oscar: Melhor Roteiro Adaptado
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Classificação: ✩✩✩✩
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